Conrado, da dupla com Aleksandro, recebe alta e é ouvido pela polícia
Polícia atestou a veracidade do vídeo feito por motorista de um carro que foi ultrapassado pelo ônibus em que estava a equipe e a dupla sertaneja, em alta velocidade
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O cantor Conrado, da dupla com Aleksandro, e o músico Júlio César Bigoli, da banda dos sertanejos, receberam alta do Hospital Regional de Registro, em São Paulo, ontem (22). Os dois permaneceram internados no local ao longo de 45 dias após sofreram um grave acidente de ônibus na rodovia Régis Bittencourt que matou Aleksandro e outras cinco pessoas da equipe.
A informação foi passada ao GLOBO pelo delegado Carlos Eduardo Vieira Ceroni, que cuida do caso. Na última terça-feira, João Vitor Moreira Soares, o Conrado, e Júlio César Bigoli prestaram depoimento à polícia.
— Os últimos dois ocupantes do ônibus que estavam internados foram ouvidos ontem — ressalta Ceroni, que ainda depende do laudo da perícia no veículo para concluir a investigação. — Hoje estarão recebendo alta e retornando para a cidade deles. Segundo informações, vão de avião para a cidade deles.
Segundo o delegado, a polícia atestou a veracidade do vídeo feito pelo motorista de um carro que foi ultrapassado pelo ônibus em que estava a equipe da dupla sertaneja, em alta velocidade, no dia do acidente e na mesma Rodovia Régis Bittencourt. Autoridades também analisaram imagens coletadas no local em que o ônibus tombou, na altura do quilômetro 402.
Além de Aleksandro, os músicos Wisley Aliston Roberto Novais, Marzio Allan Anibal e Roger Aleixo Calgnoto, o roadie Giovani Gabriel Lopes dos Santos e o técnico de luz Gabriel Fukuda morreram no acidente.
Neste momento, laudos da perícia técnica e do Instituto Médico Legal (IML) estão sendo estudados com base nos depoimentos de Conrado e Júlio César.
Antes, o delegado havia colhido depoimentos de 13 pessoas, entre passageiros, policiais rodoviários federais e bombeiros, que chegaram primeiro ao local. Um dos mais fundamentais foi o do motorista Valdoir Martins, condutor reserva que dirigia o ônibus da dupla.
— Ele estava tranquilo. Disse que tem 32 anos de experiência e que já trabalhou para a dupla sertaneja Thaeme e Thiago. Ele afirmou que realmente o pneu estourou e que por isso perdeu o controle do ônibus. Garantiu também que não estava correndo — contou Ceroni.
Se houve excesso ou não de velocidade, o laudo técnico irá dizer. Peritos que estiveram na cena do acidente recolheram partes do ônibus, incluindo o velocímetro, peças que se soltaram do veículo no momento em que ele caiu no canteiro central e tombou e analisaram até o tipo de marca que os pneus deixaram no asfalto da antiga rodovia da morte paulista.
Conrado e Júlio César Bigoli permaneceram um mês na Unidade de Tratamento Intensivo (UTI) do Hospital Regional de Registro. No dia 7 de junho, ambos foram transferidos para a enfermaria do local.
Ao longo desse período, Conrado foi intubado e submetido a uma cirurgia para instalar pinos na bacia e estabilizar o quadril. Em seguida, ele precisou se recuperar de um novo procedimento no qual foi feito um enxerto nos ferimentos das costas, visando a "reconstrução" de parte de sua pele.
O enxerto cutâneo é realizado em pacientes que perderam parte da pele devido a acidentes, queimaduras profundas, ulcerações vasculares, feridas cirúrgicas ou retirada de tumores. O processo é caracterizado pela remoção de parte do tecido de uma área saudável do corpo, realocando-a sobre a porção lesionada. Introduzido em ferimentos sem perspectiva de melhora só com curativos, o enxerto funciona como um revestimento de proteção que possibilita que a pele possa então se regenerar.